ELEIÇÃO 2010: ESTÁ CHEGANDO A HORA...
Nessa época o que mais se houve falar nos programas eleitorais são palavras do tipo: luta, trabalho, moradia, educação, população, cidadão, transformação, ética, e blá blá blá.
Mas questiono-me: A política consiste apenas em palavras? Consiste apenas em retórica pura e simples? Será que a maioria dos eleitores vota num candidato pelas propostas que eles apresentam ou porque ele parece um homem de “bem”?
Assisto aos debates, ao horário eleitoral gratuito, mas tudo me parece tão repetitivo, as discussões se repetem, os candidatos com a mesma ladainha, e o pior nisso tudo é que seremos governados por um deles, ou por muitos deles. Quem está errando? O povo, a urna ou o candidato? Estamos a um passo de transformarmos nossas vidas pelos próximos quatro anos. E será que não percebemos o peso dessa decisão?
Acredito que há ainda pequenos exemplos de bons homens públicos, com caráter, e acima de tudo espírito público para pleitear uma vaga nessas eleições. Porém, devido à grande maioria dos desonestos que já estão no poder há anos, muitos de nós desacreditamos nos representantes do “povo”. E assim, é recorrente vermos nessa eleição candidatos para todos os gostos. Hoje, qualquer um se candidata, porque nossa política perdeu o respeito da população. Os cidadãos já perderam a crença na renovação ou mudança de panorama.
Como conseqüência disso, temos humoristas candidatos, mulheres-frutas também, artistas relâmpagos aparecem também, cachorros, gatos, galinhas, periquitos, entre outros. Ser político tornou-se piada, representar o povo virou trampolim para enriquecer ilicitamente. E o pior que pagaremos a conta no final, quebraremos a cara mais uma vez.
O que me revolta é ver que autoridades eclesiais expondo cartilhas de como votar bem, prefeituras também fazem isso. Mas será que resolve?? Será que a cartilha ensina a votar bem, será que ela diz que receber alguma promessa (dinheiro) de candidato A ou B é crime? Mas todos os políticos usam tanto das igrejas de qualquer denominação, quanto das prefeituras de suas cidades, para alavancarem suas campanhas, usam funcionários contratados ou concursados como cabos eleitorais, e assim caminha a humanidade...
Por tudo isso, votar não me parecer uma ferramenta de transformação de nosso meio social. Quando você escuta amigos, vizinhos, ou até pessoas desconhecidas, você descobre que a política ainda é pensada como antigamente. Toma lá da cá: “político A me deu um emprego, vou votar nele”, “político B trouxe água pra minha cidade, vou votar nele”. Desse jeito, voto é apenas um favor, e não instrumento de cidadania.
Espero com extremo receio que nestas eleições haja uma renovação para o melhor do nosso estado, do nosso país. Mas para isso, não só nós eleitores devemos pensar diferente, mas também, nossos homens públicos precisam acreditar que são servidores do povo e da democracia. Senão, sentiremos na própria carne o peso de nossa decisão.
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