Nosso trânsito
tem, a cada dia, me amedrontado ainda mais, pois estamos diante de animais
ferozes e não, de motoristas prudentes e conscientes de seus direitos e
deveres.Tenho presenciado diariamente motoristas mal educados, inconseqüentes,
mal formados nestas auto-escolas produtoras de dinheiro e propaganda, são
inúmeras as situações de desrespeito à lei e segurança no trânsito.
Podemos
elencar as causas dessa verdadeira celeuma, entre elas, estão: a autoconfiança
de alguns condutores, a sensação de poder e prepotência de outros quando estão
no volante, a inexperiência, a falta de habilidade e costume nos grandes e
intensos congestionamentos, a pressa e afobação nos horários de pique ou “rush”.
Enfim, são uma infinidade de fatores relacionados ao que vemos nas ruas deste
capital.
Mas o que está
em jogo nisso tudo? Será que assistiremos o trânsito ser elevado ao grau de uma
epidemia, tal como dengue, AIDS, câncer? Será que é preciso mortes de algum
familiar rico ou de alguma personalidade política e social, para que nós
tomemos consciência do mal que a falta de educação no trânsito nos causa?
Algo deve ser
sempre lembrado: Antes de existir o motorista existe o pedestre, pois todos
nascemos pedestres, ninguém já sai da maternidade para dirigir um veículo
qualquer! Vivemos a experiência e o prazer de aprenderemos a andar para só
assim depois crescermos e descobrirmos um volante. Entretanto, o que assistimos
nos nossos noticiários: “Criança de três anos mata atropelada outra criança de
cinco” ou “Jovens atropelam fiéis em plena Via-Sacra ”. É isso que você quer? É isso
que eu e você gostamos de ouvir?
Não! Porém,
ver e ouvir sobre acidentes de trânsito já virou rotina, uma música de sucesso
que não sai de nossas mentes. Chega! Basta! Quem tem culpa? Quem são as
vítimas? Para essas duas perguntas só há uma resposta: Nós (eu, você, minha
família, a sua, os parentes, os desconhecidos, as autoridades, os responsáveis
pelo trânsito, etc etc etc etc.)
Não é apenas a
sua vida que está em jogo, caro motorista prepotente e cheio de si. Seus
filhos, sua família também sofre com os seus excessos, com suas bebedeiras ao
volante, seus maus exemplos na estrada. Somos formados para sermos motoristas
ou condutores (como queiram) e não para sermos suicidas ou assassinos em série. Enquanto
alguns aceleram para morte, outros estão puxando o freio de mão das suas vidas.
Por isso que nossos ditados nunca saem da moda, como um que bem que podia ter
sido feito para nosso trânsito: “O apressado come cru”. E nesse caso come em
carne viva mesmo!
Erivan
Júnior
Professor
e Colunista
eri_junior81@hotmail.com
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