8 de março de 2013

Nosso trânsito. Nossa morte!




Nosso trânsito tem, a cada dia, me amedrontado ainda mais, pois estamos diante de animais ferozes e não, de motoristas prudentes e conscientes de seus direitos e deveres.Tenho presenciado diariamente motoristas mal educados, inconseqüentes, mal formados nestas auto-escolas produtoras de dinheiro e propaganda, são inúmeras as situações de desrespeito à lei e segurança no trânsito.

Podemos elencar as causas dessa verdadeira celeuma, entre elas, estão: a autoconfiança de alguns condutores, a sensação de poder e prepotência de outros quando estão no volante, a inexperiência, a falta de habilidade e costume nos grandes e intensos congestionamentos, a pressa e afobação nos horários de pique ou “rush”. Enfim, são uma infinidade de fatores relacionados ao que vemos nas ruas deste capital.

Mas o que está em jogo nisso tudo? Será que assistiremos o trânsito ser elevado ao grau de uma epidemia, tal como dengue, AIDS, câncer? Será que é preciso mortes de algum familiar rico ou de alguma personalidade política e social, para que nós tomemos consciência do mal que a falta de educação no trânsito nos causa?

Algo deve ser sempre lembrado: Antes de existir o motorista existe o pedestre, pois todos nascemos pedestres, ninguém já sai da maternidade para dirigir um veículo qualquer! Vivemos a experiência e o prazer de aprenderemos a andar para só assim depois crescermos e descobrirmos um volante. Entretanto, o que assistimos nos nossos noticiários: “Criança de três anos mata atropelada outra criança de cinco” ou “Jovens atropelam fiéis em plena Via-Sacra”. É isso que você quer? É isso que eu e você gostamos de ouvir?

Não! Porém, ver e ouvir sobre acidentes de trânsito já virou rotina, uma música de sucesso que não sai de nossas mentes. Chega! Basta! Quem tem culpa? Quem são as vítimas? Para essas duas perguntas só há uma resposta: Nós (eu, você, minha família, a sua, os parentes, os desconhecidos, as autoridades, os responsáveis pelo trânsito, etc etc etc etc.)

Não é apenas a sua vida que está em jogo, caro motorista prepotente e cheio de si. Seus filhos, sua família também sofre com os seus excessos, com suas bebedeiras ao volante, seus maus exemplos na estrada. Somos formados para sermos motoristas ou condutores (como queiram) e não para sermos suicidas ou assassinos em série. Enquanto alguns aceleram para morte, outros estão puxando o freio de mão das suas vidas. Por isso que nossos ditados nunca saem da moda, como um que bem que podia ter sido feito para nosso trânsito: “O apressado come cru”. E nesse caso come em carne viva mesmo!


Erivan Júnior
Professor e Colunista
eri_junior81@hotmail.com

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